DEVANEIOS DAS MADRUGADAS

“ AGONIZANTE “

 

Sou um espectador da agonia.

Desesperado, inesperado, devo morrer.

Força, coragem é necessário, porém chega a melancolia.

Então paro, resisto, começo a correr.

 

Quero voar tal uma andorinha no telhado.

Estou só, não tenho ninguém.

Talvez meu caminho já esteja traçado.

Sofrer, lutar, ter alguém.

 

A sanidade não é perene.

A sombra do sorriso é duradoura.

Cativo, mescla de homem louco, sou inocente.

Procuro ansiosamente meu ancoradouro.

 

O tempo passa, eu passei.

Não sei onde está o meu amor.

E a vida levou tudo que amei.

Inerte, agora entendo minha dor.

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