DEVANEIOS DAS MADRUGADAS

“ PEÃO ‘

 

Pode ser Pedro, José ou João.

Só sei que é trabalhador.

Labuta sol a sol  em busca do quinhão.

É guerreiro com louvor.

 

Picaretas , marretas, capacetes e enxadas,

Instrumentos do cotidiano, sem exceção.

Mãos calosas e desmolduradas.

Os dias passam, como a batida do coração.

 

Trabalha, o salário é para viver.

A motivação é estar empregado.

Ser útil à sociedade é um renascer,

De ser digno e honrado.

 

Oh! Patrão, empregador.

Esse obreiro é ator social.

Negar direitos a ele é desanimador.

O progresso avança, não sejas desleal.

 

Precisamos desse homem trabalhador,

Que perece nos campos das construções.

O empreendimento não pode parar, não existe dor.

Portanto, não há choros ou aflições.

 

Terras , cascalhos, asfalto...

Todos têm uma história para contar.

Entretanto, estão em eterno sobressalto,

Se serão chamados a labutar.

 

São chamados PEÕES.

Mas no árduo trabalho, são leões.

Cumpridores de suas obrigações.

Ora perdidos nas multidões.

 

 

 

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